18 agosto, 2014

FAM Capítulo VIII – Desejo


Salvador– BA, 22 de maio de 2014.


Esperei todos saírem do auditório e me levantei com toda a coragem que consegui reuni para falar com ele.

- Oi, Sr.º Frederico! - falei, minha voz falha.

- Pode me chamar de Fred, por favor.

- Certo! Fred. Gostei muito da sua palestra...

- É mesmo?! E de qual parte mais gostou?

- É... – minha boca ficou seca e perdi as palavras.


- Não prestou atenção, não é verdade? – disse, um sorriso maroto surgiu em sua face e me fez corar de vergonha.

- Sim, quer dizer, claro que prestei é só que... – não conseguia encontrar as palavras para uma justificativa razoável.

- Você estava me encarando, tentando me ler. – Falou com seu olhar penetrante me imobilizando

- Não – respondi sem jeito – eu estava assistindo a palestra – respondi tentando parecer confiante, falhei miseravelmente.

- Não precisa negar o que eu já sei. Você estava tentando me ler. Eu percebi e te li de volta. – Ele sorriu levemente com os lábios sem tirar os olhos dos meus.

Não sabia o que responder. Ele devia estar pensando que sou uma boba por ter ficado olhando para ele com cara de fome.

- Por alguns segundos nossos olhares se cruzaram e aquele momento de nada, achei extremamente envolvente e até mesmo sensual. – Continuou ele.

Acho que estou imaginando coisas. Ele se referiu a mim e usou a palavra sensual?! Só pode ser pegadinha.

Ele se aproximou de mim e fiquei entre ele e a mesa.

- Você é perigosa. Tem feições leves de menina com olhar doce, intenso e lascivo.

Ele colocou meu cabelo atrás da minha orelha esquerda e sussurrou no meu ouvido: - Adoraria ver o que tem aí dentro sair.

A essa altura já estava apoiada na mesa com as pernas bambas e me surpreendi quando ele de repente me beijou impetuosamente, em resposta a sua atitude eu coloquei os braços em volta de seu pescoço e apertei sua nuca. Ele deslizou suas mãos pelo meu quadril e me sentou na mesa, entrelacei minhas pernas em sua cintura.

Já era noite e não havia mais ninguém próximo. Estava vivendo uma experiência tão excitante correndo o risco de alguém nos pegar nesse momento de pura luxúria.

Ele abriu os botões da minha blusa e beijou o meu pescoço acariciando os meus seios. Eu estava ansiosa para sentir o toque dele explorando meu corpo quando subitamente ouvimos uma voz tenebrosa - Eu vejo você – seguida de uma risada estridente.

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