21 agosto, 2014

FAM Capítulo XI - Em Brasa



Estava morrendo de medo da rejeição e ao mesmo tempo tão excitada. Comecei a me sentir a mulher que ele achava que eu era. Tinha tentado me controlar ao máximo, mas meu olhar entregava meu desejo. Me sentia desafiada a falar e fazer coisas que normalmente não faria, mas silêncio e a falta de reação dele nos primeiros segundos me deixaram inquieta. Pensei em me desculpar, porém já era tarde. Eu estava no olho do furacão e não tinha como voltar atrás.

Finalmente o silêncio foi quebrado pela sua afirmação - Finalmente! - Ele me levou em direção a beira da praia e colocou deitada ali, exatamente onde eu queria estar, no conforto de seus braços para me embriagar de seu perfume. Estava presa em seu olhar e sem palavras, vazia. Queria que ele me preenchesse do jeito que ninguém nunca fez.

Minha respiração estava entrecortada, temi estar sonhando novamente. Se for mesmo um sonho, torço para desta vez não acordar antes do final. Ele se debruçou sobre mim e me beijou faminto, minhas mãos em sua cabeça trazendo-o mais perto. Deslizou as mãos em minhas coxas de baixo para cima e eu gemi. Estava arrepiada e não só pelas ondas mornas que morriam onde estávamos, contrastando com a brisa fresca , mas principalmente por estar vivendo isso. Pela primeira vez me permiti ceder a meus desejos sem me importar se haveriam consequências.

Ele desceu as alças do meu vestido uma de cada vez fazendo um caminho de beijos do ombro até meu busto. Massageando, sorveu e lambeu lentamente cada seio, mordiscou os mamilos e os puxou um pouco com os dentes. Minha face alternava entre o sorriso bobo e olhos apertados combinados com meus dentes cravados no meu lábio inferior. Minhas unhas estavam enterradas em suas costas a ponto de tirar-lhe o sangue. Eu o queria e queria muito... saciar minha fome. Naquele momento era tudo que importava.

Com as mãos em minha nuca puxou meu cabelo e me beijou o pescoço. Eu fiz o mesmo, satisfazendo minha primeira fantasia com ele, apertei-lhe a nuca, beijei e mordi o sinal que ele tem no lado esquerdo do pescoço. Ele pressionou meu corpo contra o seu e murmurou no meu ouvido. Deixou a mostra sua virilidade, afastou para o lado a roupa íntima sob meu vestido e começou a abrir caminho em mim. Senti uma repentina onda de pânico. Ao se dar conta de toda a tensão dos meus músculos contraídos ao seu redor, me fez confissões ao pé do ouvido. - Eu te quero tanto... Quero isso desde a primeira vez que falou comigo. Por todo mistério que é, que transcende seu olhar e o que se deixa mostrar. Eu quero te desvendar... Saber quem você é de corpo e alma. - Ele podia estar mentindo, mas eu não estava raciocinando, totalmente fora de mim, as coisas que ele dizia me deixavam mais tranquila, aliviando minha tensão e tornando um pouco mais fácil a sua passagem. Sentia dor e prazer. Ele agarrou ainda mais os meus cabelos e eu entrelacei minhas pernas em sua cintura. Seus movimentos iniciais acompanhavam as ondas, lentos mas fortes, foram gradualmente se intensificando, ganhando velocidade. Me deliciava com cada investida. Meu coração estava tão acelerado, bombeando sangue a todo vapor. Estava quente. Suas carícias inflamavam meu corpo em brasas. Ele ardia. Me sentia viva. Tinha mergulhado em mundo novo cheio de sensações maravilhosas de puro deleite. Eu queria gritar.

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