Filme: Drácula - A história nunca contada

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Sinopse: ​Esta história combina uma trama real com um mito: por um lado existe a trama real do príncipe Vlad e do Conde Drácula, por outro, o filme explora a lenda dos vampiros.

Elenco: Luke Evans, Sarah Gadon, Dominic Cooper

Direção: Gary Shore

Gênero: Ação

Duração: 92 min.

Distribuidora: Universal

Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
Nota: 3

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"- Que tipo de homem rasteja a própria cova em busca de esperança?

- Um homem desesperado."

Os habitantes da Transilvânia sempre foram inimigos dos turcos, com quem tiveram batalhas épicas. Para evitar que sua população fosse massacrada, o rei local aceitou entregar aos turcos centenas de crianças. Entre elas estava seu próprio filho, Vlad Tepes (Luke Evans), que cresceu entre os turcos como um guerreiro sanguinário ganhando o título de O Empalador ​graças a pática adotada para derrotar seus adversários.​

​Quando volta à Transilvânia é nomeado príncipe e governa em paz por 10 anos. Até​ que o novo​ rei Mehmed (Dominic Cooper) exige que mil crianças sejam entregues aos turcos

​ para serem treinados e incorporarem o exército. Vlad se recusa e tenta reverter a situação se oferecendo para voltar ao exercito, acordo que lhe é negado apenas piorando a sua situação quando o rei exige que seu único filho também seja entregue ao exército, com isso, inicia uma nova guerra e ele recorre a um ser ​amaldiçoado (Charles Dance) que vive pela região para conseguir o poder necessário para vencer a guerra e proteger seu lar e sua família.​

​Eu sou apaixonada por vampiros e quando digo isso não me refiro a família Cullen, por mais que eu goste da série, mas me refiro aos primeiros​ sombrios e perigosamente sedutores como Drácula (Bram Stoker) e Lestat (Anne Rice) que para mim seriam os vampiros de verdade (se eles existissem ou existem, acho que nunca vou saber haha). Por causa dessa minha paixão e depois de ter conhecido a obra de Bram Stoker​,​ procurei várias vezes conhecer ​um pouco mais d​a história ​daquele que o inspirou a escrever Drácula, Vlad Tepes, e confesso que tenho o desejo de conhecer a Transilvânia. 

Quando fiquei sabendo do novo filme do Drácula é claro que fiquei empolgada e ao ver o trailer e toda a divulgação do longa que uniria a história real de Vlad o Empalador com a obra de grande sucesso e Stoker ficava pensado com meus botões "como eles vão conseguir fazer isso?" e logo em seguida vinham as conclusões antecipadas "esse filme pode ser muito bom ou muito ruim". Com a pulga atrás da orelha assisti vários trailers tentado decidir com qual humor iria conferir essa nova adaptação e quando assisti fiquei um bom tempo sem saber ao certo o que pensar. O filme não foi muito bom, nem muito ruim, mas fiquei com a sensação de que alguma coisa estava faltando.

​Vlad​ Tepes é conhecido mundialmente como o “príncipe empalador” devido ao seu sadismo e crueldade. Já na Romênia muitas pessoas o têm como um herói histórico e, portanto, não gostam de “manchar” o nome de Tepes, associando-o ao de Drácula ​e mesmo sendo considerado responsável pela morte de mais de 80 mil pessoas e mesmo os romenos sabendo disso, ​alegam que essas “medidas” eram comuns na Idade Média e entendem que tais atitudes visavam a preservação do povo romeno. Essa parte humanizada de um príncipe capaz de tudo para proteger seu lar e sua família para mim foi bem retratada no filme, porém cadê crueldade e o sangue nas cenas? Por mais que ele seja considerado um herói, suas atitudes violentas deveriam ter ganhado mais espaço nas cenas até para reforçar a parte verdadeira que queriam retratar.

Eu diria que o clímax do filme foi a parte da transformação de homem para vampiro que foi interessante... diferente. De porte do poder que recebeu das trevas, o príncipe vai a luta pela segurança de seu povo. Ok! Mas ele é um vampiro e quase não parece. Cadê a tentação? a dor da sede? Medo e excitação​?​ Não vi nada disso. ​Porém, ao que tudo indi​ca, Drácula - A história não contada é apenas o início, promessa deixada no final do filme. Sincera e ansiosamente espero que o próximo filme traga a sensualidade e o medo que esqueceram de colocar nesse. Mas, porém, todavia, entretanto... levando em consideração a classificação indicativa do filme e a proposta de um "inicio" o filme foi bom.

Luke Evans cumpriu o papel conferido e ele, mas Sarah Gadon não deu brilho algum as cenas e nem me comoveu nas poucas cenas "românticas" do filme, sendo assim, acredito que deveriam ter colocado alguém com mais presença, afinal, querendo ou não, com ou sem terror, Drácula é um história de amor. Quanto ao Charles Dance​​, este eu espero ver em mais cenas no próximo filme.​


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