04 setembro, 2015

Entrevista Camila Moreira Parte II

Hey pessoal, bom dia!

Estão curtindo o especial da semana?
Se perdeu alguma coisa? Então clica aqui e confira tudo que rolou esta semana.

Vamos a ultima postagem desse especial e segunda parte da entrevista. \o/


Como tem sido a reação do público e sua experiência com seus leitores? Alguma história marcante ou engraçada para nos contar?


A relação tem sido a melhor possível. Tento o máximo possível responder e atender a todos, apesar de estar um pouco complicado, devido a minha falta de tempo, mas alguns leitores realmente passaram a fazer parte da minha vida e estão comigo diariamente. Alguns eu conheci pessoalmente e agora praticamente são da família, como a Vanessa Fiorio, por exemplo. Uma pessoa de alma enorme, que me acolheu em sua casa e no seio de sua família depois de ter me visto uma vez na Bienal. Algo que nunca esquecerei. Alguns momentos realmente marcaram minha história até aqui. Em uma viagem ao Rio de Janeiro eu fui com minha irmã e um casal de amigos ao show do sambista Diogo Nogueira (que eu adoro) e assim que eu cheguei ao local do show fui reconhecida por uma leitora que por coincidência estava por lá. Na hora eu nem acreditei. Isso também aconteceu em uma visita que fiz ao Cristo Redentor. 


Qual a sua opinião sobre o mercado literário nacional?


Nos últimos anos, o leitor vem dando preferência e também acreditando na literatura nacional, ainda há muito preconceito, mas o salto foi significativo. E, a partir da exigência dos leitores em lerem autores conterrâneos, as editora são praticamente obrigadas a se adaptarem (o que já começou acontecer). Mas, ainda esbarramos em uma grande pedra: o custo da produção de um livro. Um autor independente, e de editora pequenas pagam muito caro para terem seus livros nas prateleiras das livrarias. E isso deveria mudar. É acesso à cultura, lazer, direito fundamental de todos os brasileiros. 


Qual é o seu conselho para escritores que pensam em iniciar suas carreiras?


Dedique-se. Não é fácil. As críticas são duras e muitas vezes têm a intenção de derrubar quem está começando, minha maior dica é: tenha em quem se apoiar. Busque amigos verdadeiros e acredito no amor deles e de sua família, pois assim, quando pensar em cair, você terá por quem lutar, e também terá quem te amparará. Minha família foi minha rocha. Várias vezes pensei em desistir, mas o apoio deles e dos meus amigos me fizeram acreditar na história, e principalmente, 


Quanto tempo depois de terminar de escrever O amor não tem leis você demorou para escreveu 8 Segundos?


Eu comecei a escrever 8 segundos assim que terminei o primeiro volume de O amor não tem leis. Enquanto escrevia as aventuras de Pietra e Ranger eu também produzia a continuação da história de amor de Clara e Ferraz. Duas histórias ao mesmo tempo, cerca de 4 meses para escrevê-las. 



Gostei muito de "O amor não tem leis", mas fiquei completamente apaixonada por 8 Segundos. Uma das coisas mais marcantes para mim foi o crescimento da protagonista. Você já tinha toda a personalidade e esse crescimento da Pietra em mente ou isso foi aflorando conforme a escrita?


Já tinha. Eu sabia que Pietra precisava amadurecer e, ela só conseguiria isso, através do amor de Lucas e da amizade com Mariana e Pedro. Na verdade, eu aprendi muito com esse personagem. Pietra me fez lembrar-me da minha infância e adolescência, pois sempre vivi no interior, e com ela também aprendi a dar valor nas pessoas que estão em minha vida. 


Por que escrever uma historia sobre peão? Você tem alguma familiaridade com o mundo do rodeio?


Alguma (risos). Até os 08 anos de idade eu vivi em fazendas, e depois passei a morar em cidades do interior, primeiro em Goiás, e depois aqui, no Mato Grosso. Sempre fui muita ligada ao sertanejo, esse é o estilo musical dos meus pais, o qual eu ouvia desde criança e amo até hoje. Então, frequentar festas de peão, ou pecuárias, — como chamamos algumas —, era algo normal para mim. Praticamente todos os anos da minha infância e adolescência eu frequentei esse tipo de festa. Posso me considerar uma Maria – breteira (rsrs). 


Qual é o seu livro favorito entre os que já escreveu?


O amor não tem leis é o primeiro, mas, 8 segundos é o meu xodó. Quando eu estava escrevendo a história de Lucas e Pietra eu me sentia muito insegura, pois era totalmente diferente da história de Clara e Ferraz. Por isso, ao ver o carinho de todos com esse livro tornou tudo mais especial para mim. Só tenho que agradecer. 


Na rede social seus leitores estão pedindo mais histórias sobre alguns personagens de "O amor não tem leis" e "8 Segundos", pode nos contar algo sobre esses novos projetos?


Então, ainda não posso falar muito. Mas Dereck (O amor não tem leis) e Henrique (8 segundos) andam dialogando insistentemente comigo. Acho que em 2016 eles darão o ar da graça. 


Você tem planos para escrever outro livro que não tenha ligação com as historias anteriores? Pode nos contar algo?


Sim, tenho projeto para mais 10 livros. Todos ainda em fase de amadurecimento, mas de antemão aviso que vem muita coisa nova por ai. Dramas familiares, romances policiais e até fantasia.




É isso pessoal, espero que tenham curtido o especial.
Eu fiquei muito feliz de conhecer a Camila pessoalmente e saber mais sobre os futuros projetos dela. Agradeço toda a atenção que essa linda teve com o blog e torço pelo sucesso dela.
Cada dia que passa conheço mais autores nacionais talentosíssimos e como leitora fico maravilhada.

Bjin da B 




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